terça-feira, 1 de março de 2016

Faça Lá Um Poema 2016 - os poemas vencedores!

     Este ano, foram 27 os alunos do 3º e 4º ano que participaram neste concurso: três do 3ºB e dezasseis do 4ºA, na EB1 de Sátão, e  oito do 3ºF, na EBI de Ferreira de Aves.

    O poema da Matilde Costa Esteves do 4ºA foi o selecionado para representar o 1º ciclo.
    Parabéns a todos os que participaram e especialmente aos autores dos trabalhos vencedores!

    Aqui ficam os poemas enviados para o concurso, em representação do nosso agrupamento:

1º CICLO:

LIVROS DO CORAÇÃO

Os livros do coração
São aqueles que dá gosto ler.
Têm princesa e dragão,
cavaleiro e escudeiro,
que nos enchem a imaginação!

Estes sábios livros
Muito gostam de contar,
Se a bela está adormecida
Ou se o Romeu está a chorar.

A “Fada Oriana” e “ O Principezinho”
São os meus livros do coração
Mas não posso esquecer
Todos os do professor Paixão

O António Mota e o Torrado,
Luísa Dacosta, José Jorge Letria,
Muito autor adorado,
Uma verdadeira alegria!

Livros infantis, para meninos,
Ou histórias de encantar,
para adultos ou pequeninos
todos nos fazem sonhar!

Matilde Costa Esteves, 4º A

Escola Básica do 1º ciclo de Sátão


2º CICLO:

Poema do mar

No meu mar, no meu mar
descobriram-se ilhas para amar
e em tempos homens a navegar

No meu mar, no meu mar
ilhas nasceram para nos contar
histórias para dormir e sonhar

No meu mar, no meu mar
há crianças a brincar
e gaivotas no ar

No meu mar, no meu mar
adorava lá morar
E ouvir histórias de encantar

Este é o meu
                       MAR


Joana Nicolau Escaleira, 5.º A


3º CICLO:

Sociedade transparente

Nada é certo
Tudo está em constante mudança
O que achavas que era eterno
Hoje não passa de uma lembrança

E vivemos e continuamos
Como se tudo fosse igual
A fugir à prisão
De que é o mundo real
Onde o que fazes é errado
Basta seres diferente
E és logo rotulado

E já não sabemos amar
Estamos completamente trocados
Seres vivos ‘’usados’’
E objetos ‘’amados’’

Esquecemos os verdadeiros milagres
Esquecemos a beleza de uma flor
Ou simplesmente a contemplação do pôr-do-sol
Temos tudo por garantido
E já nada faz sentido
E esta é a nossa sociedade
Esta é a nossa humanidade

Ana Sofia Magalhães (nº3 – 9ºD)


SECUNDÁRIO:

INTREPIDAMENTE

Intrepidamente as mãos escorregam.
Este muro ridiculamente alto
Separa mundos e fundos

E é negativa a maneira como sorrio…

Esta é a nudez da minha alma
Expressa num poema vazio,
Escrito num dia frio,
Onde não há ponta de calma!

E é negativa, a maneira como sorrio…

Prendem-se todas as memórias
Prende-se toda a indecisão
Prende-se toda a tentativa de alocução
Como se me fosse sufocar

E é negativa a maneira como sorrio…

A torrencialidade sentimental
Atormenta a lacuna amorosa
Entre muitos outros pode estar a tal
Tão cega como a manhã nebulosa
Em que fugiste de forma poderosa.

Levaste parte de mim.

Intrepidamente as mãos escorregam.
Este muro ridiculamente alto
Separa mundos e fundos

E é negativa a maneira como sorrio…


Inês Silva, nº18, 12ºB
Escola Secundária Frei Rosa Viterbo

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